UX e os modismos

Aqueles que conhecem um pouco a nossa área sabem que UX é uma mistura de ciência e arte. Às vezes um pouco mais de ciência, outras vezes um pouco mais de arte, mas sempre um equilíbrio entre as duas.

Ciência porque tudo o que fazemos é baseado em uma metodologia rigorosa que envolve pesquisas e análises que nos levam a resultados sólidos sobre o comportamento do indivíduo, as expectativas e as necessidades humanas.

Arte porque as soluções que devemos propor para os desafios encontrados nos produtos e serviços que criamos ou melhoramos, e mesmo os desafios para aplicar a ciência mencionada anteriormente, exigem criatividade e originalidade.

Quando falamos de modismos, pensamos logo que só se aplica à parte que envolve a arte. Pensamos no visual, pensamos no estilo e, consequentemente, achamos que apenas as atividades de UX que envolvem o design de interface estão sujeitas à moda do momento. “Flat design”, “parallax”, “responsive design” e carrosséis são alguns exemplos de tendências de design de interface que viraram moda.

Mas existe moda também na parte “ciência” do que fazemos. Maneiras de aplicar a metodologia que desviam do tradicional em busca de melhores soluções. “Lean UX”, “Design Thinking”, “Mobile First” são as palavras da hora.

As tendências e os modismos por si só não são um problema. Tudo o que é novo deve ser bem recebido. Precisamos estar abertos a novos conceitos para fazer evoluir o nosso conhecimento e atingir os nossos objetivos, que são os de melhorar a vida das pessoas através de melhores produtos e serviços. O que não podemos é simplesmente achar que tudo o que é novo é bom e deve ser seguido sem pestanejar.

Nós, profissionais de UX, que acompanhamos o dia-a-dia dessa evolução, precisamos ser inteligentes o suficiente para julgar quando aplicar ou não uma dessas tendências ou modismos. Precisamos também educar nossos clientes e mostrar que a nossa “caixa de ferramentas” é repleta de recursos e que vamos aplicar aqueles que melhor resolvem o seu problema, e não aqueles que estão na boca do povo.

Temos que ser firmes o suficiente para resistir à tentação de seguir os modismos se eles não tiverem um propósito e um benefício claros em cada um dos nossos projetos.

Ouça, se informe, aprenda, até ouse, mas julgue você mesmo se a moda do momento resolve o seu problema da maneira mais adequada ou não.

2 comentários em “UX e os modismos”

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