Glossário Essencial para UX Designers: ferramentas

Preparamos o Glossário Essencial para UX Designers para te ajudar a ficar por dentro de todos os termos e nomes da área. Conheça a Parte 02.

Voltamos com a segunda parte do nosso Glossário Essencial para UX Designer! Desta vez, vamos falar de ferramentas essenciais para quem trabalha na área. Ferramentas essas que você vai usar no seu dia a dia, que você vai ver desde os estudos sobre UX Design.

Pode confiar: essas ferramentas, você não pode deixar de conhecer!


Quer ver a primeira parte? Clique aqui: Glossário Essencial para UX Designer: áreas correlatas.


Duplo Diamante

O Duplo Diamante é uma ferramenta desenvolvida, em 2005, pelo Conselho de Design do Reino Unido. Ele é um método para aplicação do design thinking e utilizado para resolução de problemas de forma inovadora.

Um dos maiores pontos positivos do Duplo Diamante é que ele é extremamente visual. Esse diagrama é formado por quatro triângulos conectados para retratar as quatro fases do processo que leva à inovação, como você pode ver abaixo:

Como você pode ver, ele aponta as convergências e divergências de pensamento que acontecem no caminho.

Como funciona cada etapa do Duplo Diamante?

1ª etapa: Descobrir

A primeira coisa a se fazer no Duplo Diamante é identificar o problema a ser solucionado. É importante entender quais são as necessidades do cliente e das pessoas usuárias.

Aqui são levantados insights para debate e isso através de técnicas como o brainstorming. E também é importante levantar dados através de pesquisas com clientes, grupos focais, pesquisas de mercado etc.

2ª etapa: Definir

Nesta etapa é preciso analisar todas as ideias levantadas na etapa anterior. É o momento de analisar e filtrar. O objetivo aqui é transformar os insights em ideias executáveis.

Além disso, é nessa etapa que é determinado oficialmente o problema a ser solucionado pelo processo.

3ª etapa: Desenvolver

Aqui começa o segundo diamante, onde começamos a trabalhar nas soluções para o problema proposto, na etapa anterior. Já começamos a falar sobre o desenvolvimento e os testes dessas soluções.

4ª etapa: Entregar

Na última etapa vamos filtrar e trabalhar nas soluções definidas na etapa anterior. Nessa fase, cria-se também o protótipo da solução e inicia-se uma preparação para o lançamento ao mercado. Isso é um teste final para o projeto.

Lean UX

O Lean UX é uma metodologia usada para processos de design que prioriza a agilidade, com mais foco na experiência em si. Ela foi criada por Jeff Gothelf, em 2013. Com o Lead UX, os times de UX, design, desenvolvimento e programação falam a mesma língua. O seu objetivo é ter o protótipo para validá-lo internamente e testar o mais rápido possível. Ou seja: pensar, fazer e verificar.

Mas como aplicar essas três etapas do Lead UX? Trabalhando os pontos a serem desenvolvidos:

  • Conceito — a hora do brainstorming das features
  • Protótipo — criação do protótipo de baixa, média ou alta fidelidade
  • Validação interna — validação guiada por testes de usabilidade do protótipo
  • Validação externa — testes de usabilidade do protótipo
  • Aprendizado — análise dos dados coletados por meio dos testes de usabilidade
  • Iterar — rever a necessidade de alguma alteração com base nos dados levantados

Matriz Criativa

A Matriz Criativa é um processo estruturado criado exatamente para auxiliar na geração de ideias, organizando e estimulando o processo criativo. Com ela, é possível direcionar melhor e de forma mais objetiva como o famoso brainstorming (ou a chuva de ideias) acontece.

Esta ferramenta tem tudo a ver com o pensamento divergente e ela é extremamente personalizável. Você pode criar a sua com base nos seus critérios de design, no mercado em que atua ou nos clientes que atende.

A Matriz Criativa é uma ferramenta relativamente simples e você pode executá-la com papel ou uma lousa e post-its. Para entender como realizar esse processo passo a passo, você pode conferir o nosso artigoMatriz Criativa: conheça a ferramenta que vai te auxiliar na geração de ideias.

Screener

Um screener é um filtro de qualificação, e é exatamente o que parece: uma lista de perguntas destinadas a identificar os seus usuários alvo e a eliminar aqueles que não são adequados para o seu estudo.

O primeiro passo na criação de um screener eficaz é dar um passo atrás e identificar os tipos de pessoas que irão utilizar o seu produto e de quem pretende obter feedback. Se já tem personas, escolha a sua persona-alvo e comece por aí.

Dependendo dos recursos e do tipo de trabalho que você estiver fazendo, você pode escolher qualquer uma delas:

  • Use um screener em tempo real e fale diretamente com as pessoas
  • Crie uma ferramenta de pesquisa à distância com perguntas

Algumas dicas de boas práticas sobre como escrever os screeners de participantes e encontrar as pessoas certas para a sua pesquisa:

  • Pense no foco da pergunta e a ordem delas
  • Faça perguntas precisas e fáceis de responder
  • Mas é importante não facilitar demais
  • E lembre-se: esta é a sua primeira impressão

Task Flow

O Task Flow é uma ferramenta que, com ela, é possível mapear um fluxo único de tarefas que representa a solução escolhida para aquele problema. Ele tende a trabalhar com caminhos únicos e um produto pode ter mais de um Task Flow, que podem se encontrar ao longo da experiência da pessoa usuária.

O seu objetivo essencial é ajudar a identificar e ilustrar os vários momentos necessários num produto digital, para a conclusão de uma determinada tarefa. Basicamente, o Task Flow é um fluxograma, onde são descritas as várias ações e pontos de tomada de decisão até à conclusão do seu objetivo.

Mapa de experiência

Essa é uma ferramenta que vai identificar todos os pontos de contato entre a pessoa usuária e o que você oferece. Assim, é possível entender como esse contato se dá — se é da forma que você planejou e gostaria, ou não, o que fazer para melhorá-lo e até mesmo para ampliá-lo.

E com o mapa da jornada em mãos, você torna mais visual e palpável a relação cliente x produto para o seu time e tomadores de decisão. Uma jornada bem mapeada está carregada de detalhes, como as expectativas dessa pessoa usuária, as emoções, sofrimentos…

Mas antes de começar o mapa dessa jornada, é importante definir duas coisas:

  • Persona: a personificação da pessoa usuária ideal daquilo que você está construindo.
  • Blueprint do serviço: a consolidação das atividades e dos pontos de contato que a pessoa usuária terá com o seu produto ou serviço.

Feito isso, você já vai ter mais clareza da experiência que deseja proporcionar para a pessoa que vai cruzar essa jornada.

A estrutura mais utilizada segue o seguinte padrão:

  • Etapas: passos ou momentos da pessoa usuária durante toda a jornada
  • Pontos de contato: interações, ações e pensamentos dessa pessoa
  • Sentimentos: frustrações, motivações e incertezas
  • Insights: oportunidades de melhorias identificadas a partir dos sentimentos

Canvas de proposta de valor

O Canvas de Proposta de Valor é uma ferramenta que vai ajudar a projetar, testar, construir e gerenciar grandes propostas de valor para as suas pessoas usuárias. Ele se baseia em quadrantes do seu Canvas de Modelo de Negócios:

  • Segmento de clientes: observar e constatar a realidade e o que deseja o seu cliente
  • Proposta de valor: desenhar o que o seu produto consegue oferecer a ele e qual a melhor forma de fazê-lo

E seu objetivo final é explorar e correlacionar mais a fundo essas duas frentes para que você possa entender melhor como oferecer os melhores valores para esse grupo específico de clientes.

Quando as questões identificadas no Segmento de cliente são totalmente mapeadas e no quadrante de Proposta de valor, significa que você chegou a um encaixe, uma conexão muito boa entre a realidade do cliente e o que você oferece.

A partir do momento em que o mercado valida essa relação e os clientes de verdade começam a consumir o seu produto, você consegue o tão sonhado Fit de Mercado.

Crazy 8

O Crazy 8 é uma técnica fundamental do Design Sprint. É um exercício rápido que desafia as pessoas a esboçar oito ideias distintas em oito minutos. O objetivo é superar a sua primeira ideia, frequentemente a menos inovadora, e gerar uma ampla variedade de soluções para o seu desafio.

Ele foi desenvolvido pelo designer Jake Knaap e podemos dizer que ele funciona como um exercício de esboço rápido, cujo foco é sair do óbvio das ideias clichês (aquelas que nos vêm à cabeça primeiro) e apresentar soluções mais criativas para o problema proposto.

E é importante lembrar que, durante o processo, cada membro do time precisa apresentar 8 ideias ou soluções diferentes para o desafio. Não estamos falando de destrinchar etapas ou processos de uma mesma ideia em cada um dos 8 espaços.

E aí, aprendeu bastante hoje?! Essas áreas são importantes para o trabalho de UX Design e, provavelmente, você vai atuar junto de muitos desses profissionais.

Continue com a gente que nos próximos dias vamos falar de ferramentas super úteis para UX Designers e que você precisa ter na ponta da língua!

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