#PegaaDica: Técnicas de facilitação de testes com a pessoa usuária

Echo, Boomerang e Columbo. Essas são três técnicas usadas para melhorar suas habilidades como facilitadores em pesquisa de campo.

Photo by Sam McGhee on Unsplash

Fazer a facilitação de testes com pessoas usuárias é uma rotina constante de quem trabalha com UX. E é exatamente por ser uma atividade rotineira que é importante buscar se aprimorar. Para isso, você pode usar algumas técnicas. O vídeo de hoje do #PegaaDica fala exatamente disso!

O NNgroup vem mostrar 3 técnicas diferentes: Echo, Boomerang e Columbo. Esses métodos permitem que você obtenha mais esclarecimentos das pessoas participantes com o mínimo de interrupção ou julgamento.

Quer conhecer mais? Assista ao vídeo:

E se inglês não é o seu forte, a gente fez aquele resumão bacana para te ajudar:

Um erro muito comum das pessoas ao facilitar testes de usabilidade é tratá-los como uma entrevista… Algo mais no sentido de uma conversa do que de uma observação (que é o que a facilitação realmente é). Nisso, acabam ocorrendo interrupções desnecessárias, a pessoa oferece uma ajuda… E não é essa a ideia!

Por outro lado, há quem não saiba bem como fazer o contato necessário com a pessoa participante. Por exemplo: não sondam ou não sabem como reagir quando eles fazem alguma pergunta.

Para não ficarmos nesses extremos, que tal aprender 3 técnicas que vão te ajudar a saber como perguntar sem ser tendencioso e a responder da forma correta.

Técnica 01: Echo

É uma técnica usada para ajudar a esclarecer o que a pessoa realmente quis dizer quando ela fala algo incoerente ou não muito claro. Para colocá-la em prática, basta repetir exatamente o que a pessoa disse. Palavra por palavra.

A técnica de repetir as mesmas palavras mas com um tom de pergunta elimina a ideia de julgamento e de sugestão (indução), mas claramente pede para a pessoa falar mais sobre o assunto.

Técnica 02: Boomerang

O nome dessa técnica remete ao Boomerang, aquela ferramenta que os povos nativos da Austrália usavam para caçar. A peça tem um design que faz com que ela volte para a pessoa que a atirou.

Quando falamos de facilitação de testes com pessoas usuárias, é possível usar essa técnica para desviar das perguntas de quem está participando e fazê-las retornar para a própria pessoa.

Por exemplo, se a pessoa perguntar: eu preciso logar na página para fazer um comentário? Você pode responder “o que você acha?”. Mas preste bastante atenção ao sem tom de voz. A ideia não é soar irônico ou agressivo. Seja gentil para induzir a pessoa a pensar um pouco mais na sua própria pergunta.

Técnica 03: Columbo

A última técnica, por sua vez, foi nomeada em homenagem a um personagem de TV, que tinha um quê de justiceiro e perseguia assassinos.

Aqui, a ideia é fazer perguntas parciais, especialmente quando não se pode fazer a pergunta rapidamente. Então, pense em uma maneira não-guiada de fazer essa pergunta.

Por exemplo, se você vai apontar para algum ponto da tela e vai dizer “você passou o mouse por aqui…”. E só. Agora, você vai aguardar para ver o que a pessoa vai dizer. Ou seja, você só vai dizer aquilo que é seguro dizer e esperar que ela complete a ideia por você. E normalmente eles o fazem!

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