Hábitos de empatia

falei anteriormente aqui no blog sobre a empatia ser a principal habilidade a ser desenvolvida por profissionais que almejam trabalhar nas áreas de Design Thinking e Experiência do Usuário. A busca de soluções para a criação de produtos inovadores não depende simplesmente de perguntar aos usuários aquilo que eles precisam, e sim da qualidade de sermos capazes de sair de nós mesmos e enxergarmos a partir das perspectivas de outras pessoas, compreendendo as suas dores, motivações, necessidades e barreiras cotidianas.

A ideia da empatia não é nova. Ela ganhou proeminência pela primeira vez no século XVIII, quando o filósofo e economista escocês Adam Smith escreveu que nossa sensibilidade moral origina-se de nossa capacidade mental para “trocar de lugar com o sofredor na imaginação”.

A verdade é que a empatia é um dos maiores talentos ocultos que quase todo ser humano possui. A grande questão é como podemos expandir nosso potencial de empatia, tanto em âmbito pessoal quanto profissional.

Roman Krznaric, historiador da cultura, membro docente fundador da The School of Life de Londres e fundador do Museu da Empatia, relatou em seu livro O poder da empatia aquilo que ele considera como seis hábitos de pessoas extremamente empáticas, que são um conjunto de atitudes e práticas diárias que animam os conjuntos de circuitos empáticos em nossos cérebros, nos permitindo compreender como os outros veem o mundo.

Então, antes de começar a pensar naquele produto inovador que vai fazer uma verdadeira revolução e mudar o mundo como conhecemos, que tal praticar um pouco de empatia?

Seis hábitos de pessoas extremamente empáticas

  • Hábito 1: Acione seu cérebro empático
    Mudar nossas estruturas mentais para reconhecer que a empatia está no cerne da natureza humana e pode ser expandida ao longo de nossas vidas.
  • Hábito 2: Dê o salto imaginativo
    Fazer um esforço consciente para colocar-se no lugar de outras pessoas – inclusive no de nossos inimigos – para reconhecer sua humanidade, individualidade e perspectivas.
  • Hábito 3: Busque aventuras experienciais
    Explorar vidas e culturas diferentes das nossas por meio de imersão direta, viagem empática e cooperação social.
  • Hábito 4: Pratique a arte da conversação
    Incentivar a curiosidade por estranhos e a escuta radical, e tirar nossas máscaras emocionais.
  • Hábito 5: Viaje em sua poltrona
    Transportarmo-nos para as mentes de outras pessoas com a ajuda da arte, da literatura, do cinema e das redes sociais na internet.
  • Hábito 6: Inspire uma revolução
    Gerar empatia numa escala de massa para promover mudança social e estender nossas habilidades empáticas para abraçar a natureza.
Museu da Empatia
Roman Krznaric é fundador do Museu da Empatia, em Londres
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