Teste de usabilidade: quantas pessoas convidar para participar?

Uma uma dúvida muito comum quando falamos de testes de usabilidade é: quantas pessoas eu devo convidar para realizar um teste? Hoje, a gente te conta!

Você sabe o que é um teste de usabilidade, para que serve e como usá-lo nos seus projetos de UX Design? No artigo “Saiba tudo sobre testes de usabilidade”, a gente falou bastante sobre o assunto, detalhando bem etapas e processos.

Mas para dar uma recapitulada, vale relembrar que:

Teste de usabilidade é uma técnica de pesquisa utilizada para avaliar um produto ou serviço. Os testes são realizados com pessoas usuárias representativas do público-alvo. Cada participante tenta realizar tarefas típicas enquanto o analista observa, ouve e anota.

Ou seja, eles buscam entender como um produto ou serviço se comporta no dia a dia e como as pessoas usuárias interagem com eles.

Uma uma dúvida muito comum de quem está estudando o assunto, se familiarizando mais com os testes de usabilidade é: quantas pessoas eu devo convidar para realizar um teste?

E é isso que nós vamos te responder hoje!

A regra dos 5

É verdade que quanto mais pessoas você convidar, maiores as chances do estudo trazer um resultado mais assertivo. Mas também ele acaba ficando mais caro e mais demorado. E nem toda empresa tem tempo ou dinheiro (às vezes, os dois!) para trabalhar com um número maior de pessoas participantes.

Mas então, o que fazer?

Bom, de acordo com Jakob Nielsen, testar com 5 pessoas usuárias é o suficiente e entrega um estudo satisfatório. Com cinco pessoas já é possível encontrar os principais problemas de usabilidade.

cinco pessoas em pé, lado a lado

De acordo com o designer, “essa resposta tem sido a mesma desde que comecei a promover o estudo “Discount Usability Engineering”, em 1989. Não importa se você testa sites, intranets, aplicativos para PC ou aplicativos móveis. Com 5 pessoas usuárias, você quase sempre chega perto da relação custo-benefício máxima do teste de usuário”.

Com 5 participantes você já consegue encontrar 80% dos problemas de uma interface. Depois disso, esses problemas começam a se repetir e a curva de aprendizado diminui, afinal, você estará testando com mais pessoas para encontrar basicamente os mesmos problemas.

Regra dos 5: quais as possíveis exceções?

Isso significa que esse número é uma verdade absoluta? Não! Significa que ele funciona para a maioria dos casos e é um ótimo ponto de partida. Mas você deve trabalhar de acordo com a realidade do seu produto e negócio, bem como o objetivo do seu teste.

Se a complexidade do que for testado for muito alta ou com várias camadas
(sub-atividades), vale a pena recrutar um número maior de participantes. Isso vai ajudar a assegurar que a tarefa foi entendida, que as pessoas conseguem seguir o fluxo projetado sem grandes problemas, ou seja, que o produto realmente soluciona a dor da pessoa usuária. Apenas 5 pessoas podem não ser o suficiente para garantir isso, deixando lacunas e problemas sem serem mapeados.

Outro fator que deve te fazer abrir mão dessa regra é quando se tem mais de um público-alvo, ou persona. Nesses casos, o ideal é que você tenha o número mínimo de pessoas (ou seja, cinco), para cada perfil. Assim, é possível testar as diferenças de uso e entendimento dentro de cada um deles sem prejudicar o resultado dos estudos.

Por fim, testes de usabilidade que buscam comparar duas versões de um produto também pedem mais participantes. Isso ajuda a balancear questões subjetivas, afinal, uns podem ter mais facilidade e simpatia com uma versão do que com outra. O resultado? Uma versão será mais explorada.

Para além da regra dos 5

Tão importante quanto o número de pessoas que você convida para o teste é com quem você testa. Convidar as pessoas certas, que estão dentro do perfil desenhado como público-alvo é de extrema importância e faz toda a diferença no resultado.

Depois de se assegurar desse ponto, vale trabalhar a diversidade dessas pessoas dentro do seu público-alvo. Idade, profissão, onde moram… Mesclar essas pessoas tende a deixar o seu estudo mais rico do que trabalhar com um grupo muito homogêneo, que provavelmente tem experiências, históricos e comportamentos mais parecidos.

E vale, também, implementar ciclos de testes no desenvolvimento do seu produto. Ou seja: faça o primeiro teste, descubra os principais erros e problemas, ajuste-os e volte a testar o produto. Faça isso quantas vezes necessário até chegar na versão mais ideal possível.

Afinal, o design nunca está pronto. Mas a cada ciclo, você aprende e evolui, bem como o seu produto.

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